sexta-feira, 27 de maio de 2011

PORQUE DEVEMOS SAIR DA ZONA DE CONFORTO?

"De vez em quando é preciso subir num galho perigoso, porque é lá que estão as frutas"
Will Rogers

Por que você deve sair da sua zona de conforto? Por que, se lá é tão quentinho e aconchegante? Eu lhe darei três boas razões:

A primeira razão é q você será obrigado há sair um dia, por mais que resista. Ninguém passa a vida inteira sem encontrar dificuldades. A incerteza é um fato da vida, a única coisa da qual podemos ter certeza.

Não temos que nos entregar a precipitações óbvias ou riscos derrotistas, mas podemos nos permitir correr riscos positivos em busca do crescimento e progresso.

Não podemos simplesmente optar por uma vida calma, sem nenhuma turbulência. Algum dia em algum lugar, algo nos fará passar por um teste para o qual não estaremos preparados e que gostaríamos não ter de enfrentar.

Corra riscos. Não espere sempre por uma garantia. Não temos de ouvir: "-Eu não disse?". Depois de um erro, sacuda o pó e caminhe para o sucesso.

A segunda razão é que, como seres humanos, acredito que procuramos maneiras de nos refinar e melhorar. Temos, dentro de nós, a capacidade e o desejo poderoso de melhorar nosso protótipo. E só podemos fazer isso nos esforçando e testando.

Experimente. Tente algo novo. Dê mais um passo. Temos estado presos há muito tempo. Temos nos segurado há muito tempo.

Quando crianças, muitos de nós foram reprimidos do direito de experimentar. Como adultos não é diferente; continuamos nos privando deste direito.

Agora, é hora de experimentar. Permita-se provar coisas novas. Deixe-se tentar por algo novo. Sim, você cometerá erros, mas a partir desses erros você conhecerá quais são seus valores.

Algumas coisas não apreciaremos. Isso é bom, pois saberemos um pouco mais sobre quem somos e o que não gostamos.

Outras coisas nós apreciaremos. Elas funcionarão com nossos valores, com quem somos e contribuirão com a descoberta de coisas importantes e enriquecedoras para nossa vida.

A terceira razão pelo qual você deve sair da sua zona de conforto é simplesmente que sua vida se tornará muito mais interessante. Sei que você não quer uma vida monótona, previsível. Se quisesse não estaria lendo esse texto.

Quem leva uma vida segura e previsível nunca saberá que pessoa extraordinária realmente é. Torne desafiadoras as circunstâncias de sua vida para que sua grandeza possa subir à superfície.

Autor desconhecido.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Workaholic X Worklover



Nem todos que trabalham “demais” podem ser considerados “workaholic” (em inglês – viciados por trabalho), há os que realmente sentem prazer e satisfação na sua vida profissional são os “worklovers” (amantes do trabalho).

O “worklover” é um apaixonado pelo trabalho, ele está relativamente satisfeito com suas realizações, é mais aberto a lidar com as dificuldades que surgem, se as condições do trabalho vai mal, busca ajuda. Trabalha muitas horas por dia produtivamente não sente o tempo passar, mas sua satisfação se estende a vida pessoal. Tem equilíbrio, trabalha com disciplina, abre espaço para si e para a família, mantém uma vida social ativa.

O “workaholic” é um verdadeiro viciado no trabalho, sua motivação pelo trabalho é altíssima, mas sua insatisfação é permanente. Se a vida profissional vai mal, sofre e adoece, dificilmente reconhece que precisa de ajuda. Trabalha muitas horas por dia e descuida da vida pessoal. Foge de problemas familiares, distancia-se do social

Os amantes do trabalho cuidam do corpo, da mente e do espírito, sentem menos estresse, enquanto que os viciados em trabalho, geralmente são desorganizados e indisciplinados, trabalham com exaustão, tem mais chances de sofrer doenças cardiovasculares, gastrites, depressão, alcoolismo, uso de drogas entre outras doenças físicas e psíquicas.

Na psicologia pensamos que tudo o que o está em excesso: pode virar doença. Na vida é fundamental buscarmos equilíbrio em tudo. Se você perceber que está passando dos seus limites em todas as direções não perca a oportunidade de fazer uma boa reflexão sobre seu dia-a-dia e se preciso, ter a coragem para mudar.

Sempre dá tempo para um recomeço.
 
Rosângela Casseano é Psicóloga, Hipnoterapeuta, Master em PNL e Personal Coach

terça-feira, 24 de maio de 2011

Importância do diploma para conseguir emprego.

Especialistas afirmam que formação técnica é requisito fundamental, mas não é o único critério na seleção de profissionais.

Por Rômulo Martins

Fonte:Empregos.com.br
Importância do diploma para conseguir empregoQuanto vale um diploma? As empresas olham para ele na hora de contratar? Segundo consultoras de carreira ouvidas pelo Empregos.com.br um curso de educação profissional, uma graduação ou mesmo uma pós-graduação pode ser fundamental no alcance dos objetivos profissionais.

?Seja qual for a direção que o profissional quer dar a sua carreira precisa sim ter qualificação?, afirma Adriana Roggieri, coordenadora da Foco Talentos, empresa do Grupo Foco especializada em recrutamento e seleção de estagiários e trainees.

?Uma graduação agrega valor ao currículo de um profissional. Não basta ter informação, o mercado exige formação acadêmica?, diz Jamile Ferraresso, psicóloga e analista de carreiras da Veris Faculdades.

Dados do IBGE nas seis principais regiões metropolitanas do país mostram que a graduação pode ser o passaporte para o emprego. Segundo o levantamento, a taxa de desemprego da população que tem nível superior atingiu 3,1% em 2010 - o menor nível em oito anos. Quase a metade da média nacional (6,7%).

Ou seja: quase não falta trabalho aos profissionais que possuem diploma, ainda que fora da área de formação. O bom momento econômico favorece as contratações, mas para Jamile Ferraresso, da Veris Faculdades, há outra explicação para o alto índice de emprego dos graduados. ?A graduação traz a fundamentação teórica somada à experiência dos professores e à troca com os próprios alunos, alicerces da prática profissional.?

No entanto, especialistas lembram que a formação acadêmica é apenas um dos critérios exigidos do profissional do século 21. ?O diploma não garante o emprego. Além da formação técnica, o profissional precisa reunir as competências comportamentais que o mercado procura?, afirma Adriana Roggieri, da Foco Talentos.

Praticar também é importante
Colocar em prática os conhecimentos adquiridos no ambiente acadêmico ainda durante a universidade é a melhor maneira de entender a lógica de mercado e também de desenvolver as competências comportamentais exigidas pelas empresas. ?Candidatos que têm vivência na área estão na frente dos que não têm?, aponta Adriana.

A maioria dos estudantes recorre ao estágio para aliar teoria e prática, mas segundo Adriana, opções como o trabalho voluntário e o engajamento em empresas juniores ou em atividades de iniciação científica em que é possível elaborar projetos a partir de estudo de casos também são relevantes. Contudo é preciso avaliar se a atividade desempenhada vai ao encontro dos seus objetivos de carreira, lembra Jamile Ferraresso, da Veris Faculdades.

Jamile ressalta que o profissional deve ficar de olho nas tendências de sua área e nas exigências do mercado. ?É preciso acompanhar o mercado, analisar as mudanças e como elas influenciam negativa e positivamente em sua carreira, e traçar planos.?

Segundo a consultora, ter um networking fortalecido também é fundamental para trocar informações e descobrir oportunidades profissionais. ?Frequente ambientes públicos, vá a palestras, congressos e seminários de sua área. Fortaleça sua rede. Para ser efetivo o networking deve ser afetivo.?
Matéria:
http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/noticias/diploma-para-conseguir-emprego.shtm

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tomar a medida certa

Cresce o número de empresas que adotam o assessment para avaliar as competências de possíveis talentos e ajudá-los a traçar o futuro

Fabíola Lago



Claudio Nagib sempre achou que não era muito bom de números, mas que nos quesitos inovação, criatividade e empreendedorismo, ia bem. Porém, foi um programa de assessment que o surpreendeu em suas habilidades. Passou bem na avaliação numérica e não era tão inventivo quanto imaginava. Confirmou uma competência: a boa comunicação. Surpreso também ficou com o resultado positivo de sua avaliação: foi promovido de coordenador de RH a gerente de treinamento da Holcim do Brasil, quarta maior empresa fabricante de cimento, com 1,7 mil funcionários, 160 deles em cargos de liderança. Hoje, é Nagib quem gerencia os processos de assessment na empresa.
Com o significado de avaliação em inglês, o assessment é uma ferramenta de gestão que vem ganhando a atenção de um número maior de empresas. Dados da consultoria Franquality confirmam essa tendência: a procura por esse programa aumentou em 70% de 2005 para 2006. E tudo indica que deve ultrapassar esse percentual em 2007. "Desde 1989 já existia uma metodologia desenvolvida, mas, nos últimos cinco anos, a demanda cresceu em conseqüência das organizações trabalharem com menos pessoas, que têm que ser fantasticamente competentes", avalia Luciana Pimenta, consultora sênior da Franquality.
Quem também comprova esse crescimento é a Korn/Ferry. Segundo Fernanda Pomin, sócia líder da prática de desenvolvimento de soluções de liderança da consultoria, o número de projetos para empresas que buscaram melhorar seus resultados por meio de seus próprios executivos cresceu quase 200% em 2006, quando comparado ao número de projetos de 2005.
Fernanda acrescenta que essa procura se dá porque é mais do que comprovada a existência de uma correlação direta entre profissionais engajados e resultados. "Pessoas comprometidas dedicam esforço extra, produzem mais e ainda energizam suas equipes, criando um círculo virtuoso em que entusiasmo gera mais entusiasmo, que gera mais resultados, que gera ainda mais entusiasmo", avalia.
Especialistas afirmam que o assessment garante conhecer melhor as pessoas a partir de critérios confiáveis e gerir o conhecimento organizacional de forma planejada. E isso tem favorecido o segmento de consultorias. Outro aspecto é o cenário competitivo das empresas, principalmente as globais, que estão convencidas de que o capital humano é um diferencial decisivo no ganho de mercado - e a dificuldade de se encontrar profissionais externamente alinhados com os modelos de competências desenhados pelas organizações. Por isso, há uma valorização na ocupação de posições-chave com pessoas da casa. A vantagem é que elas já conhecem a cultura da empresa e, motivadas com a possibilidade de promoção, são mais produtivas e estimuladas a encontrar soluções para alcançar as metas traçadas.
Nagib, da Holcim: surpresa quanto às competências que achava ter
Na Holcim, por exemplo, a política da gestão de RH em nível global é utilizar dois terços de seus quadros nas vagas abertas para os níveis de liderança. A organização já havia realizado o assessment em 2001, mas foi em 2004 que investiu no programa para todo seu nível gerencial como ferramenta de apoio para planos de sucessão, transferências internacionais, promoções, recrutamentos interno e externo e para a avaliação do potencial para ocupação de vagas de liderança no futuro.

"Somente seleção e entrevista têm se mostrado insuficientes para a contratação. Atualmente, os candidatos são muito bem treinados para dizer aquilo que o RH espera ouvir. O assessment também é um apoio importante para explicar ao gestor que vai preencher a vaga porque determinado candidato é bom ou inadequado para aquela função", observa o gerente de treinamento da Holcim.
O programa permite um mapeamento detalhado das competências do quadro de funcionários, possibilitando o desenho de planos de sucessão; o direcionamento de carreiras, promoções, transferências para outras unidades da empresa fora do país e um backup, no caso de afastamentos de profissionais-chave para a empresa. E um dos benefícios mais destacados por quem implanta ou passa pelo processo é a transparência nos critérios para promoção, tornando claro a todos porque determinado executivo passou a ser diretor e não os outros candidatos.
Para Nagib, o apoio da presidência e da alta diretoria na implantação do programa foram fundamentais para o bom resultado na Holcim. "Tivemos boa receptividade, mas existem os dois lados da moeda: uns elogiam por usarmos uma ferramenta dessa qualidade, agradecem por serem expostos a esse processo e acham o projeto extremamente profissional. Mas quando o executivo não é promovido para o cargo desejado ou recebe uma avaliação mostrando seus pontos fracos, o processo é questionado", conta.
Sobre o papel das consultorias na implantação de assessment, Nagib acredita que o segmento deva crescer. "O programa esbarra um pouco nos custos. Por conta desse quesito, algumas empresas ficam sem condições de implementá-lo. Mas seria impossível criar uma equipe própria dentro da empresa para aplicar o assessment. São profissionais muito especializados, o que resultaria em um custo altíssimo."
Marcon, da DHL: ter relatórios menos teóricos e mais aplicáveis
Para Maurício Marcon, diretor de RH da DHL Brasil, empresa especializada em transporte expresso, as consultorias que melhor entenderem a demanda do cliente sairão na frente. "Existem várias propostas no mercado, mas quase todas oferecem a mesma coisa. São pouco conclusivos. Dentro do escopo geral, acho que as consultorias deveriam dar análises mais precisas. É preciso ter relatórios menos teóricos e mais aplicáveis", analisa.
Apesar da crítica, Marcon acredita que a relação custo/benefício do assessment vale a pena porque legitima o processo. "Principalmente porque em um grupo em que todos podem ocupar um vaga, aquele que for promovido não terá problemas com os antigos pares, uma vez que eles saberão exatamente porque outro foi o escolhido, e eles não."
Em 2006, a DHL aplicou o assessment pela primeira vez para substituir uma vaga de vice-presidência com talentos internos. Foi reunido um grupo de executivos na área comercial para participar do programa. William Moraes, selecionado para ocupar a vaga, sentiu-se beneficiado: "Mostrou que a decisão foi idônea, feita com imparcialidade. Comuniquei meu objetivo, de ocupar a diretoria comercial, e isso foi alcançado. Agora montamos um plano de ação para os que não ocuparam o cargo, para desenvolver suas potencialidades", diz William.
Marcon destaca que é imprescindível que o programa tenha continuidade; após detectar as necessidades de desenvolvimento, devem ser feitos planos de ação para treinamento e fortalecer aquelas competências em que o executivo apresenta deficiências. "Não adianta, depois do assessment, pressionar por resultado, sem dar atenção à demanda de treinamento daquele profissional", ressalta.
Demandas
A consultora Luciana Pimenta conta que o poder transformador do assessment pode ser potencializado quando, já na devolutiva, o participante recebe da empresa orientação e estímulo para desenhar o próprio plano de desenvolvimento. Pode ser um coaching, uma pós-graduação ou mesmo atividades diferenciadas dentro da própria empresa. "Os gestores das áreas de negócios têm um importante papel a desempenhar nesse momento, ao alinhar prioridades, provocar e dar apoio às ações práticas, contando com o apoio da área de RH", destaca Luciana.
Eliana, da SulAmérica: privilegiar a prata da casa
Um programa de assessment é mais do que uma avaliação profunda sobre os profissionais da empresa. Ele tem início com a análise da estratégia, demandas atuais e futuras, competências estratégicas e funcionais da organização. Se vier acompanhado de avaliações 360°, por exemplo, melhor. São realizados o levantamento e a análise criteriosa do perfil de cada profissional, com entrevistas e atividades vivenciais, fazendo com que a organização identifique talentos, desenvolva competências e alinhe performance às expectativas de resultado da organização.
Para isso, o modelo de competências, alinhado à estratégia da empresa, deve estar estruturado, para que o assessment reflita na busca - ou aprimoramento - de quadros que estejam dentro dessas necessidades. Uma das preocupações dos membros de um conselho de administração, por exemplo, no que se refere à gestão de pessoas, é a continuidade da estratégia traçada para a organização; com a saída de um diretor, por exemplo, pode haver um hiato nesse processo, causado pelo tempo que a empresa vai levar para encontrar quem o substitua.
Com 5,6 mil funcionários, a SulAmérica criou seu Assessment Center, parte de um extenso programa que busca aprimorar os profissionais da casa para recolocações internas e até internacionais. Começou com um banco de talentos, que identificou inicialmente 90 profissionais com alto potencial de desenvolvimento no segundo semestre de 2005 e, já no final daquele ano, foi feita a primeira sessão de assessment, que consistia em estudos de cases relacionados ao mercado de seguros.
Cada participante tem dois dias para desenvolver o estudo com uma linha de raciocínio, e dar um posicionamento frente à competência da empresa. O trabalho pode ser feito em grupo ou individualmente. Em alguns casos, essa exposição é feita para executivos de outras áreas da SulAmérica, que funcionam como uma banca de avaliação - e também como uma forma de aproximar, desde já, esses futuros talentos para diretores e superintendentes.
"Às vezes, a pessoa ocupa uma função técnica em que não tem muita oportunidade de mostrar sua habilidade de trabalhar em grupo. Os participantes gostam porque percebem quais são seus pontos a serem trabalhados", afirma Eliana Marino, superintendente de RH da SulAmérica. Ela também pontua que esse não é um trabalho isolado: trata-se de um direcionamento de carreira para melhorar as competências desejadas. Começa com o programa de talentos e com um levantamento de potencial; e aí entra o Assessment Center com estudos de cases e depois a definição de um plano de desenvolvimento para as competências com ações específicas, que pode ser um coaching ou treinamento in company.
"As pessoas que entram no seleto banco de talentos estão lá por conta de seu comportamento frente às competências gerenciais e funcionais da empresa", reforça Eliana. Elas podem ser indicadas para planos de sucessão e situações de backup (quando um profissional sai de forma imprevisível ou por motivos de doenças) para que alguém assuma sua função com o preparo necessário.
Desde que foi implementado, o projeto da SulAmérica teve vários movimentos de promoção, verticais (hierárquicos) e horizontais. Segundo Eliana, também é uma forma de entender o "nível de prontidão" na empresa, quando é necessária uma recolocação de emergência. Só esgotadas as possibilidades do banco de talentos é que a SulAmérica recorre a consultorias para recrutamento externo. Por exemplo, quando não tinha ninguém para ocupar uma vaga de superintendência. "Privilegiamos o que temos na casa, como princípio". Na opinião de Eliana, o Brasil está começando nos programas de assessment, mas a metodologia já é aplicada em diversos países e principalmente em empresas globais com resultados muito positivos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quem não se comunica...


Artigo publicado na Revista Feira & Cia Nº27


capa revista Feira & Cia ... se trumbica, já dizia o Velho Guerreiro, Chacrinha. E é o que mostram especialistas em Programação Neurolingüística (PNL), criada no início dos anos 70 pelos norte-americanos John Grinder, Ph.D. em Lingüística, e Richard Blander, professor de Sistemas. Juntos, eles pesquisaram o comportamento de comunicadores bem-sucedidos e desenvolveram essa metodologia que ajuda as pessoas a conquistarem mudanças significativas na vida pessoal e profissional através da comunicação. Mas, o que a PNL tem a ver com feiras? 
 
‘’Nas relações comerciais, muitas pessoas levam tempo para ter confiança e gerar rapport (bom nível de comunicação), só que, no estande, o contato pode durar poucos minutos. A PNL ajuda o expositor a estabelecer instantaneamente uma boa comunicação com o visitante", explica Gilberto Craidy Cury, presidente da Sociedade Brasileira de Programação Neurolingüística.

"A PNL nos ensina a observar o outro e a se espelhar nele. Com isso, em poucos minutos o expositor consegue entender o que o visitante quer, quem ele é e onde quer chegar", acrescenta a psicóloga Rosângela Casseano, master em PNL, consultora do site Bumeran e terapeuta na área de orientação profissional.

A também psicóloga Mirella Castro, diretora do Instituto Latino-Americano de Programação Neurolingüística e consultora internacional, completa: "A PNL é transformadora. Suas técnicas visam, com base no comportamento do outro, dar às pessoas a habilidade de se livrarem de comportamentos inadequados e a modelarem um comportamento bem-sucedido".

Por apresentar resultados rápidos e eficazes, a PNL já foi tachada de picaretagem. Cury, Rosângela e Mirella têm uma preocupação comum: deixar claro que se trata de um processo sério e cientificamente comprovado. "Existe uma estrutura que faz as coisas acontecerem", defende Cury, precursor da PNL no Brasil. "Estudando, entendendo e aprendendo, realmente se consegue resultado rápido", argumenta Rosângela. Já Mirella dá seu alerta sobre pessoas que fazem cursos rápidos e passam a ministrar aulas como se fossem profissionais. "Mal aplicada, a PNL se torna uma ferramenta perigosa", avisa.

Algumas experiências mostram que a metodologia pode, de fato, promover mudanças positivas. É o caso do empresário Marcelo Alexandre Ricieri, que fez dois anos de trabalho terapêutico com PNL e utilizou a ferramenta durante a Feicon 2000, quando ainda era técnico de vendas de uma empresa do setor de construção. "A PNL me deu a certeza de que não farei perguntas desnecessárias na tentativa de descobrir onde o cliente quer chegar", diz ele que, no ano passado, abriu seu próprio negócio, a Composite, também do setor de construção.
Ricieri diz que a PNL ajuda o profissional a ter posicionamento, postura, poder de decisão e a assumir riscos, mas ressalva que é um dos caminhos que podem ser usados e não o único.

Cada pessoa é de um jeito
Cury, Rosângela e Mirella relacionaram várias dicas que vão ajudar o expositor a melhorar a comunicação com os visitantes. Antes, vale destacar que o primeiro passo é aceitar que as pessoas "funcionam" de forma diferente umas das outras. O que é bom para uma não é, necessariamente, bom para outra.

- Procure manter seus olhos no mesmo nível dos olhos do interlocutor. Jamais atenda uma pessoa sentada e você em pé ou vice-versa. Isso pode gerar desconforto e dificultar a comunicação.
- Seja um espelho de seu interlocutor. Procure utilizar postura e gestos semelhantes, acompanhando sua linguagem corporal. Isso gera uma comunicação mais eficiente, porque o inconsciente do interlocutor interpreta que você está prestando atenção nele. Os especialistas garantem: isso não significa que você deixa de ser autêntico por assumir a personalidade ou as idéias do outro. Você está apenas buscando sincronia com o cliente.
- Se o visitante gesticula muito ou pouco, quem o recebe deve acompanhar o ritmo. 
 
- Também dá bom resultado usar tom, ritmo e volume de voz semelhantes aos do interlocutor.
- Acompanhar o ritmo respiratório ajuda, mas requer cuidado por conta de pessoas ansiosas ou nervosas. Se você tentar acompanhá-las na respiração, corre o risco de ficar com ansiedade ou nervosismo.
termômetro- Observe o estado de espírito do interlocutor e manifeste-se: "Estou vendo que o senhor está com pressa e garanto que serei rápido nessa demonstração". 
 
- Diz o mandamento número um das relações comerciais que o cliente sempre tem razão. Nem por isso o que é verdade para ele precisa ser também para o expositor. A PNL diz que dá para aceitar o que o outro pensa e expressar seu próprio ponto de vista sem criar conflito. Veja um exemplo: se o expositor é fabricante de móveis e um potencial comprador diz que não gostou do design de um de seus produtos, a resposta pode ser algo como "eu entendo que o senhor não tenha gostado. Agora, observe como estas curvas combinam com ambientes elegantes e modernos". 
 
- Nesses casos também é bom saber ouvir, perguntando ao interlocutor o porquê da opinião. Ele pode dizer que não gostou do design quando, na verdade, acha que o produto é caro demais para o seu bolso.
- Gilberto Cury ensina a técnica do 101%, para evitar desconforto quando o assunto é religião, política etc. Veja como funciona: no meio de uma conversa, o visitante começa a falar que é favorável ao casamento e pede sua opinião. Você é divorciado e não gostou nem um pouco da experiência de casar. Como sair dessa situação sem emitir falsa opinião? Concorde 100% com ele, destacando a única característica que você julgue ser positiva: "Realmente, no casamento as pessoas dificilmente se sentem sós". Ou seja, você utilizou 1% para concordar 100%, não gerará polêmica e, com isso, poderá mudar de assunto. 
 
- Se alguém lhe diz: "Não pense numa bola vermelha". O que acontece? Você visualiza uma bola vermelha. Exatamente o contrário do que lhe foi sugerido. O exemplo demonstra como o uso da palavra não pode causar o efeito contrário do desejado. É que, para o interlocutor entender a mensagem negativa, ele ativa na mente a imagem positiva do que foi dito. E é aí que mora o perigo, porque esse processo aumenta a probabilidade de que aconteça aquilo que não queremos. "Não é pecado mortal usar o não, só que é preciso saber usá-lo. Conheço muitos casos de pessoas que perderam a venda depois de feita porque resolveram falar dos problemas que o produto não tinha", conta Cury. Isso aconteceu porque o cliente passou a relacionar o produto com os problemas.
- Atenção, também, com as conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia e entretanto), que diminuem a importância do que vem antes delas e aumentam a importância do que vem depois. Por isso devem ser sempre usadas para enfatizar algo bom. Um exemplo: "Realmente, a demanda pelo nosso serviço caiu nos últimos três meses, mas teve aprovação de 95% dos usuários".

A comunicação através de olhos, ouvidos ou pele

Música ambiente, atrações, bebidas, salgadinhos... Qual expositor não usa alguns - ou todos - desses recursos para atrair visitantes? Pois foi a partir dos cinco sentidos humanos que a PLN criou três grupos de pessoas - visuais, auditivos e cinestésicos (paladar, olfato e tato) - e desenvolveu métodos para uma comunicação eficiente. 

No entanto, as pessoas não devem ser rotuladas de visuais auditivas ou cinestésicas porque, ao contrário do que já se pregou, não existem essas divisões. Todos nós somos os três tipos, mas existem pessoas que, dependendo do momento, usam mais um canal do que outro. "Se um paciente me diz que sente um vazio por dentro eu jamais devo responder 'pelo que estou vendo, você não consegue enxergar que há coisa boas acontecendo'. Naquele momento ele está se mostrando cinestésico e não pode receber respostas que deveriam ser dadas a alguém que estivesse usando o canal visual", exemplifica Mirella.

Como identificar se a pessoa está mais auditiva, visual ou cinestésica? "Isso se percebe em segundos, através do seu comportamento", revela Rosângela:

1- Você observa que o visitante usa gel no cabelo, seu terno é bem cortado, cores combinando, sapato impecável e as unhas estão bem feitas. Isso demonstra que ele valoriza imagem (não significa que tenha necessariamente bom gosto) e que seus valores são aparência, beleza, organização, limpeza. Ele quer ver. Apresente um catálogo, mostre os produtos, explore expressões como: ’’veja isso’’, ‘’olhe para’’, ‘’à luz de’’, ‘’o brilho do’’, e assim por diante.
2- Outra pessoa chega ao estande calmamente, pergunta como vai, dando um tapinha (ou tapão) nas costas. Enquanto explica o que quer, toca em você e passa a mão no produto para senti-lo. Esse visitante está ligado a bem-estar e conforto. Ele já está pensando no uisquinho que vai saborear no fim do dia, quando, provavelmente, o nó da sua gravata estará afrouxado. Faça-o se sentir à vontade, ofereça água ou café, pergunte se quer se sentar. Use expressões como: ‘’sinta a textura’’, ‘’é confortável ter isso’’, ‘’é um toque suave’’ etc.
3- Alguém apressado se dirige a você e faz uma pergunta direta. Seu valor é praticidade, ele quer ouvir; o que chama sua atenção é o som. Para encantar esse cliente, é preciso dar as respostas também objetivas. Abuse de expressões como: ‘’ouça o que vou dizer agora’’, ‘’escute bem’’, ‘’vamos conversar novamente’’ etc. 
 
Rosângela ressalva que não é necessário usar esses recursos o tempo todo. "Com duas ou três palavras, você consegue encantá-la. Mas fique atento, se perceber que, num dado momento, ela começou a recuar, use novamente a técnica até sentir que a sintonia voltou." 
 
Para completar, ela lembra que os brasileiros agem predominantemente como cinestésicos, em segundo lugar como visuais e, por último, como auditivos. Num grupo de 30 pessoas, a proporção seria mais ou menos esta: 25 cinestésicos, três visuais e um auditivo. 
 
SERVIÇO: 

Gilberto Craidy Cury - (11) 3168-6888
Mirella Castro - (11) 3062-6697
Rosângela Casseano - (11) 5532-1156 / 9393-8191
Publicado na Revista Feira & Cia Nº 27 - (11) 3361-6899

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Conhecer e controlar o estresse.

Autor: Rosângela Casseano

Para lidar com o estresse é necessário entender suas fontes de desenvolvimento: alta competitividade no mercado de trabalho, medo de perder o emprego, excesso de horas no escritório, dificuldade em ter tempo para lazer, práticas de atividade física e falta de tempo para estar com a família são algumas possibilidades.

O estresse nos afeta de diversas formas, mas principalmente na nossa saúde, física e mental, isso mesmo, um individuo estressado acaba limitando suas capacidades profissionais levando a uma performance de baixa qualidade.

Recentes pesquisas mostram que 95% das pessoas estão insatisfeitas com suas atividades profissionais, ora se isso está acontecendo com você, é inevitável que o estresse esteja acompanhando esse momento da sua carreira, é necessário admitir o que te deixa realmente feliz e se o que estiver errado é o seu trabalho, a solução é simples: faça um planejamento para mudar de atividade.

Mas não apenas por dinheiro, é fundamental escolher algo apaixonante, algo que o estimule a desejar estar no dia seguinte no seu trabalho, algo que vc realmente enxergue uma missão maior na sua vida e na vida das pessoas ao seu redor.

Somente convictos de que seu trabalho alia felicidade e servir, estaremos mais relaxados e conseqüentemente mais felizes.

Rosângela Casseano é Psicóloga, Hipnoterapeuta, Master em PNL e Personal Coach

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A Programação Neurolinguistica nos relacionamentos interpessoais

PNL pode ajudar a melhorar os relacionamentos interpessoais
por Camila Micheletti  

"A PNL - Programação Neurolinguística - é um método de compreensão e observação do ser humano. Ela ajuda a perceber as diferenças de cada indivíduo, e mostra como se adaptar à elas", assegura Rosângela Casseano, psicóloga, consultora de carreira e Master em PNL. A técnica permite saber que características pessoais são mais evidentes em você e nos outros, e como usá-las a seu favor. As pessoas são diferentes e é justamente aí que reside a graça e diversidade do ser humano. Mas a tendência natural é fazer com que o outro mude e passe a ser igual a mim, o que é errado. 

A PNL divide as pessoas em três grupos: visuais, auditivas e cinestésicas. Clique aqui para saber mais sobre os canais e identificar em qual grupo você se encaixa. Se o seu chefe é visual e você quer ter um bom relacionamento com ele, comece usando palavras do mundo dele, que ele compreenda. O Rapport faz você entrar em sintonia com o outro, seja pelas palavras ou pela linguagem do corpo. Isso inclui usar palavras de quem é visual, como veja, XXX, e também as gírias e vícios linguísticos que ele pode ter. Alguns dos mais utilizados são né, entendeu, percebe, tá, como assim, e por aí vai. Mas cuidado: não exagere na quantidade ou a relação pode ser prejudicada. 

O cérebro precisa de um a seis estímulos. O rapport deve ser feito alternadamente, na fala e na linguagem corporal, sem que a pessoa perceba. "A PNL deve ser feita de forma incosciente. Se a pessoa perceber que você a está imitando, ela pode achar ruim, não entender nada e estragar todo o relacionamento". 

A linguagem corporal também pode -e deve- ser utilizada. É o chamado espelhamento e consite em acompanhar alguns movimentos que a outra faz. Por exemplo, se você está em um cliente e este cruza as pernas, você vai e cruza também. Se ele pega a caneta, você faz o mesmo. 

Tudo de forma muito discreta e sem exageros, como já foi dito anteriormente. Outro ponto importante é aprender a ser mais flexível. Dizer para si mesmo "Vou ser mais flexível a partir de hoje" não adianta. É preciso exercitar a flexibilidade na prática. Confira algumas sugestões de Rosângela:
  • Faça caminhos diferentes para o trabalho
  • Durma na cama no lado ao contrário
  • Ouça um estilo musical que você nunca escutou
  • Assista um canal de TV diferente
  • Se você liga a TV ou o rádio assim que chega em casa, opte por não fazer isso alguns dias
  • Comece uma atividade que nunca fez. Pode ser aulas de yoga, canto, marcenaria...
"À medida que você faz coisas que não está habituado a fazer, condiciona o cérebro de que é possível agir diferente em outras situações inusitadas, inclusive no ambiente de trabalho", explica a profissional. 

Por fim, Rosângela aponta a importância da negociação para um bom relacionamento interpessoal, seja no trabalho ou fora dele. "100% bom para os dois lados é muito difícil, uma parte tem de ceder. Os profissionais precisam aprender a lidar com a decepção de forma tranqüila, e sempre se perguntar o que pode aprendeu com aquela situação. É fundamental ampliar seus limites para o outro ampliar os dele também", conclui ela.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fiquem atentos aos Programas de Trainee!

PROGRAMAS DE TRAINEE

Por empregoscombr
Por Rosângela Casseano*

Os programas de trainee são uma excelente oportunidade para preparar jovens recém-formados caracterizados como futuros potenciais, para posteriormente ocupar cargos técnicos e de comando dentro da organização, suprindo dessa forma a demanda das empresas por profissionais qualificados.

Hoje há programas de diversos tipos, para profissionais de todas as áreas. Cresce a cada ano o número de empresas interessadas em selecionar novos talentos e prepará-los para subir na hierarquia e assumir cargos de liderança.

Nos processos de seleção que são rigorosos e exigentes, buscam-se jovens com características como capacidade de trabalhar em equipe, liderança, iniciativa, dinamismo, empreendedorismo e criatividade.

O trainee é um funcionário contratado pela empresa e isso reforça o compromisso com os resultados.
Fique de olho nos prazos de seleção que se iniciam tradicionalmente a partir de setembro e boa sorte!

 
*Rosângela Casseano é Psicóloga, Hipnoterapeura, Master em PNL e Personal Coach
www.sucessoecarreira.com.br

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Profissão Administrador de Empresas

Executivo fala aos jovens que desejam alcançar o sucesso profissional no comando das organizações.

Por Rômulo Martins

Visão holística, foco em resultados, liderança são algumas das principais competências exigidas do administrador de empresas, profissional que gere negócios e pessoas. Segundo Caio Infante, diretor de marketing e novos negócios da Fellipelli, o mercado de trabalho valoriza e compensa os bons administradores.

No entanto, é preciso estar alinhado às regras do segmento de atuação e ter “humildade” e “paciência”. Para chegar ao topo do organograma organizacional, afirma Infante, o profissional precisa ter vivência ou pleno conhecimento de todas as áreas da empresa, o que demanda tempo, preparação e esforço.

Formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing com mestrado em Gestão Internacional pela Universidade de Tecnologia de Sydney (Austrália), ele fala sobre a carreira de administrador e dá dicas aos jovens que desejam atuar na área.

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Leia a entrevista

O que faz um administrador de empresas?
O administrador tem uma função bastante ampla. Ele cuida desde a parte financeira à estratégia da empresa, pode passar pelo marketing, desenvolvimento e gestão de pessoas. A carreira tem essa diversidade, por isso é muito comum estudar administração de empresas, já que o profissional tem bastante alternativa. No momento em que o jovem não sabe o que vai fazer, na administração ele acaba vendo um pouco de tudo; depois acaba se especializando naquilo que gosta mais. 

Quem pode atuar como administrador?
Engenheiros, médicos, advogados, professores. O que motiva na escolha da profissão é a influência dos pais, dos colegas. Só que quando você começa a trabalhar toma gosto pela coisa. Muitas vezes um engenheiro descobre que é muito bom com os números e quer aplicar o conhecimento de outra maneira. De repente, montando ou administrando um negócio ele tem mais sucesso.

Especialização
O curso de Administração ou de extensão (para profissionais que querem atuar como administradores, mas são de outras áreas) sempre é bom porque a atividade envolve diversas áreas, como recursos humanos, marketing. É importante ter embasamento teórico na área.

Áreas de atuação
O administrador de empresas tem flexibilidade. Pode atuar em uma consultoria, um hospital. O jovem pode começar - como mostram os cases de sucesso - como auxiliar de escritório, assistente administrativo e ir crescendo, chegar a um cargo de diretoria. 

Dicas aos jovens que querem atuar na área
Uma dica importante é: qual empresa você quer trabalhar? Por exemplo: eu gosto da empresa x ou do segmento aéreo, farmacêutico. Busque a informação sobre as empresas desse segmento e quais serão os desafios de um administrador nela. Estude o mercado de trabalho e teste. O jovem que começa como estagiário está no momento de testar, provar.

Competências comportamentais são analisadas criteriosamente pelas empresas?
Sem dúvida, é por isso que existem as dinâmicas de grupo. As pessoas falam: “nossa, eu tive de construir um trem com papel e fita crepe”. Por quê? As empresas estão medindo a liderança, as ideias alternativas, quem ficou quieto. Uma coisa é chegar à entrevista de emprego e dizer “sou criativo”. Mas diante de algumas atividades o recrutador capta como o candidato reage sob tensão, pressão, ou seja, no dia a dia empresarial.

Quais as competências mais importantes?
No início da carreira é personalidade, como o profissional age, o que já fez (um trabalho voluntário?), o rendimento na universidade, se participa de algum clube. São características da vida pessoal que serão levadas para a empresa. Uma pessoa parada não vai se adequar a uma empresa dinâmica.
A faculdade é importante, mas não o mais importante. Foi-se o tempo que uma faculdade de primeira linha garantia emprego. Hoje é apenas mais um critério. Com relação à língua estrangeira, sim, é importante. Com tantas alternativas de escolas de inglês, espanhol em vez de ficar muito tempo na internet, vai fazer um curso que, com certeza, será um diferencial.
Todo administrador de empresas ganha bem?
Vai ganhar dinheiro, com certeza. Mas comece devagar. “Ah, mas o meu amigo está na empresa x e ganha mais que eu”. Sempre terão diferenças de salário. Olhe para dentro de casa. Por que o seu amigo ganha mais? Porque ele correu atrás, fez algo diferente. Tem de tomar cuidado com as comparações. Existem segmentos que pagam mais. Estude o segmento que você quer trabalhar, mas não pense apenas no dinheiro. Você tem de ter prazer. O dinheiro é legal por um tempo. Depois você se pergunta: “nossa o que estou fazendo aqui?” É importante gostar do que faz. 


Loucos pelo Trabalho

Loucos pelo trabalho
por Camila Micheletti
"Como os jogos são sempre aos domingos, acabo não indo tanto porque quero passar meu tempo livre com a família. E também se começar a ir ao estádio todo fim de semana, as coisas podem ficar feias lá em casa", brinca Paulo Vinícius Coelho, comentarista de futebol e chefe de reportagem da ESPN Brasil. Coelho participa de um programa chamado "Loucos por Futebol", que vai ao ar aos sábados às 21h30 na TV a cabo, e sem dúvida é um dos mais aficcionados pelo tema.

Segundo ele, seu gosto pelo futebol começou aos cinco anos de idade, quando seu avô o levou a um estádio de futebol pela primeira vez. "É engraçado por que meu irmão estava junto comigo no dia e não se recorda de como foi o jogo. Mas a partida foi tão marcante para mim que eu lembro de tudo, nos mínimos detalhes.

O jogo em questão era Portuguesa e Juventus e terminou em 2 a 1 para a "Burrinha". Até hoje esse jogo é a minha primeira referência no futebol", conta ele, com o mesmo entusiasmo dos seus cinco anos.

No vestibular, Paulo Vinícius optou pelo Jornalismo, já que lá teria a oportunidade de trabalhar com a sua verdadeira paixão: o futebol. "Uni a paixão de infância ao trabalho. O resultado é que hoje já trabalho com jornalismo esportivo há 12 anos e simplesmente adoro o que faço", afirma.
Pelo menos uma vez por mês, Paulo faz questão de ir ao estádio. Durante a semana, o jornalista segue uma rotina estressante que reúne as atividades de chefe de reportagem, que começam logo pela manhã, com as de comentarista, que costumam terminar tarde da noite. "Por isso acabo passando muito tempo na redação, quase 10 horas por dia".

Mas até que ponto ser um apaixonado pelo trabalho faz bem à carreira - e à sua saúde? De acordo com a psicóloga Rosângela Casseano, fazer o que gosta é sempre bem-vindo, em todas as situações da vida. "A partir do momento que você faz o que gosta você se torna mais sociável, mais leve, passa a pensar sobre coisas agradáveis e não separa o lazer do trabalho. As coisas complicam quando você não consegue achar um limite para o trabalho e se torna um workaholic". Isso pode acontecer porque a vida pessoal não segue a mesma linha que a profissional. "O executivo acaba ficando mais no escritório para não ter que passar muito tempo com a família. É preciso encontrar o equilíbrio, tentar resolver os problemas em casa e pedir ajuda de um profissional se necessário", esclarece Rosângela.

A psicóloga fala com conhecimento de causa: ela confessa que já foi uma workaholic, mas conseguiu escapar a tempo. Rosângela conta que chegou a trabalhar 18 horas por dia e ficou seis meses sem um único fim de semana, período em que dava cursos para empresas e grupos. "Eu comecei a pegar tantos projetos e estava tão apaixonada pelo trabalho que não conseguia pensar em outra coisa, minha vida girava em torno disso. 
Mas consegui perceber que estava acabando com a minha vida e parei. E não foi porque puxei o breque de mão que estou ganhando menos. Estou ganhando a mesma coisa, porém com muito mais qualidade de vida".
Mas ainda tem gente que rema contra a maré e trabalha bem mais do que a maioria.

Este é o caso de Fernando Camargo Luiz, diretor e sócio da Orbe Investimentos. Ele afirma que pensa em trabalho 24 horas por dia, e qualquer conversa, por mais informal que seja, vira uma oportunidade para falar sobre a sua grande paixão, que é o mercado financeiro. "Eu trabalho cerca de 10 a 12 horas, fora o que leio e estudo em casa. Minha noiva reclama um pouco, mas fazer o que, esse é o meu jeito". Fernando se formou em Engenharia Civil, apesar de sempre ter gostado de mexer com números e dinheiro. O interesse despertou quando ele foi trabalhar em um banco, ainda no 4º ano da Faculdade. "Desde então não saí mais do mercado financeiro. O que mais me motiva é a capaciadade e liberdade que tenho de me arriscar e ganhar mais. A relação risco X retorno é muito produtiva", afirma ele.

Pesquisas apontam que atualmente cerca de 26 milhões de brasileiros trabalham mais do que 44 horas semanais, limite determinado pela Constituição de 1988. Esses dados comprovam o que já vem sendo falado pelos especialistas e defensores da qualidade de vida: parte dos brasileiros que está empregada estica a jornada de trabalho além do que prevê a legislação. Esta situação coloca o nosso país no oitavo lugar no ranking mundial de horas trabalhadas da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Fonte: www.empregos.com.br

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mudei de profissão para ganhar mais dinheiro.

A decisão de trocar de carreira nem sempre é guiada pela identificação com o ofício. Muitas vezes, o salário fala mais alto

Danielle Nordi, iG São Paulo | 03/05/2011 07:40


Foto: Arquivo pessoal

Ana Cavallari logo percebeu que sua carreira não daria o retorno financeiro que desejava e mudou de profissão

“Eu mudei de profissão porque queria ganhar dinheiro”, afirma Ana Cavallari, 27. Hoje, ela é uma bem-sucedida “broker”- palavra inglesa que significa “corretor” e é usada pelo mercado financeiro para se referir a quem trabalha com compra e venda de ações. Ao contrário de muita gente, Ana admite sem pudores que dinheiro foi seu principal motivador na hora de escolher um ofício. Para ganhar mais, ela abandonou a carreira que tinha escolhido por vocação, no ramo de hotelaria.

Teste: Você está na profissão certa?

Alguém que abandona uma profissão que não lhe agrada e procura por algo que dê mais prazer, aparentemente, pode parecer que tem intenções mais nobres do que a pessoa que resolve tomar a mesma atitude, mas por razões financeiras. Será que dinheiro é um motivo legítimo para trocar de profissão? A psicóloga e coach – profissional que auxilia pessoas a planejarem e encontrarem uma forma de desenvolver seus projetos, seja no âmbito pessoal ou profissional – Rosângela Casseano acha que sim. “Cada um vai em busca de seus valores. Muita gente dá mais importância a ter uma vida financeira boa do que procurar uma profissão que traga mais satisfação pessoal. Para estas pessoas a conquista financeira é fundamental. Não há nada de errado com isso”, explica.

O presidente da Sociedade Brasileira de Coaching, Villela da Matta, concorda. “Com certeza a pessoa não se deve recriminar. Cada momento da vida é pautado por algo importante. Quando uma pessoa toma uma decisão é porque sente necessidade de satisfazer algo que está faltando.”

Viagens e compras
Quando entrou na faculdade de Administração Hoteleira, Ana Cavallari achava que estava no caminho certo. No segundo ano de faculdade, percebeu que os profissionais deste ramo não tinham salários compatíveis com os que ela imaginava ganhar no futuro. Mesmo assim resolveu não abandonar o curso e se formou. Trabalhou seis meses na área e, apesar de ter gostado da experiência, decidiu que a carga de horário pesada e a remuneração baixa não valiam a pena. Foi então que recomeçou do zero. Novo vestibular e outra profissão.

“Fiz a faculdade de Administração de Empresas em dois anos, pois consegui eliminar algumas matérias. Optei por este curso porque é generalista e acreditava que dentro de uma empresa eu teria mais perspectivas de crescimento do que num hotel”, relembra Ana.

Há quatro anos ela conseguiu um estágio numa corretora de valores e não saiu mais. Descobriu que, além da realização financeira que sempre quis, poderia também gostar do seu trabalho. “Dei sorte. Gosto de ser broker. Ganho bem e ainda faço uma coisa que me dá prazer.” Mas afinal, por que ter uma remuneração boa foi tão determinante assim? “Eu gosto de viajar, conhecer lugares e culturas novas. Adoro comprar o que bem entendo e pagar minhas contas com o dinheiro do meu trabalho. Nunca quis ser dependente de ninguém e ter que dar satisfações sobre o que faço ou deixo de fazer com meu dinheiro.”

Perspectiva de crescimento
Bons cargos e salários estão diretamente ligados a um elevado nível de cobrança e responsabilidade. O ex-jornalista e agora gerente nacional de vendas, Rodrigo Garofalo, 33, sabe bem disso. “Quando deixei a redação eu sabia que tinha um belo desafio pela frente. Sempre tive consciência de que ser bem remunerado não é algo que vem sem problemas. O estresse e a cobrança são enormes”, diz.

Para Rodrigo, dinheiro não foi fator único na mudança de carreira. Não ter perspectiva de crescimento, naquele momento, pesou bastante. “Recebi uma proposta, que julguei ser melhor a longo prazo e veio aliada a um bom salário. Não tive dúvidas de que era o momento certo de arriscar uma mudança profissional. Gosto do que faço e minha motivação só aumentou”, diz.

Foto: Arquivo pessoal

Com a nova remuneração, Ana pode viajar como planejava

A gerente de recursos humanos Claudia Araújo, 36, confessa que seu sonho de infância era ser psicóloga. Chegou a cursar dois anos na faculdade, mas desistiu porque não conseguia pagar. Foi trabalhar com turismo, mas se decepcionou com o salário e a falta de estabilidade. Em busca de uma vida financeira melhor, aceitou um emprego de recepcionista bilíngue e começou a frequentar o curso de Administração de Empresas.

“Eu fui bem ousada. Quando vagou o cargo de supervisor administrativo financeiro, fui lá e pedi para fazer uma experiência de três meses. A empresa topou e me esforcei para ter uma formação nesta área”, relembra. O desejo de ser psicóloga nunca foi extinto, mas Claudia enxergou que não obteria o retorno financeiro que desejava se optasse por deixar o ambiente corporativo.

Ela conta que sabe que se desviou de seus sonhos por muito tempo. Depois que estava estabelecida na empresa, pediu um cargo na área de RH – que se aproximava o suficiente da área de psicologia que tanto a fascinava. Conseguiu e comemorou. “Tenho a minha casa, meu carro e faço minhas viagens. Eu sei que durante muito tempo trabalhei por dinheiro, mas tive uma boa oportunidade de conciliar minhas escolhas profissionais com a área que gostava desde criança.”

Riscos e frustrações
Existem momentos em que a mudança é mais fácil, com certeza. Quanto menos compromissos financeiros a pessoa precisa assumir, melhor. A psicóloga Rosângela argumenta, no entanto, que mesmo sendo difícil, sempre é tempo de buscar novos desafios. “Tive um cliente que queria ser médico aos 45 anos. Como ele era administrador de empresas, resolvemos que ele poderia se especializar em administração hospitalar. Ele topou e está bem feliz”, conta. Ela ressalta que, às vezes, é mais viável aproveitar a carreira atual e realizar pequenos ajustes do que recomeçar do zero em outra profissão.

De acordo com Villela da Mata, é preciso fazer um alerta: abandonar um emprego para ir em busca de algo diferente representa um grande risco. “O único momento que não possui tanto peso é quando você escolhe sua primeira profissão. Depois disso, a pessoa tende a ter mais responsabilidades com o passar do tempo e o risco de trocar de carreira vai aumentando. Justamente por isso, planejamento é fundamental”, alerta.

“Mesmo que dê tudo certo, há a possibilidade de frustrações com a nova escolha. Ninguém pode se iludir e achar que apenas dinheiro irá sustentar uma vida profissional longa. Neste caso, uma saída para aliviar a insatisfação seria procurar uma atividade, em paralelo, que proporcione mais prazer”, explica Rosângela. Algumas das opções citadas pela psicóloga foram trabalho voluntário, constituir um negócio próprio ou mesmo buscar apoio em alguma crença. Não importa como, o que vale é ter algo em sua vida que traga momentos de felicidade.