Tatiana Pronin
Editora do UOL Ciência e Saúde
Todo mundo tem seu dia ruim de trabalho. Já quando o estado de insatisfação e fadiga é crônico e as tarefas que antes pareciam simples viram um fardo, é possível que o diagnóstico seja a síndrome do esgotamento profissional, ou "burnout".
Estima-se que 30% dos trabalhadores brasileiros sejam portadores da síndrome, que foi tema central do 8º Congresso da Isma-Br (International Stress Management Association), realizado esta semana em Porto Alegre (RS).
Exaustão física e mental, apatia e falta de perspectivas no trabalho podem ser sintomas da síndrome do "burnout"
TESTE: SAIBA SE VOCÊ SOFRE DE ESTRESSE POR CAUSA DO TRABALHO
O termo "burnout" deriva da expressão em inglês que significa queimar-se. Ou seja, quem sofre do problema é consumido pelo esgotamento. Batizada pelo psicanalista americano Herbert Freudenberger, no início dos anos 70, a síndrome tem como sintomas a exaustão física e mental, a falta de perspectivas (que muitas vezes se traduz como cinismo) e a ineficiência no trabalho.
"A pessoa não falta, porque não quer perder o emprego, mas fica mentalmente ausente", descreve a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-Br. É o que os especialistas chamam de "presenteísmo", fenômeno que causa mais prejuízos para a empresa do que o absenteísmo.
Pessoas que trabalham com a proteção de pessoas ou bens, como policiais, bombeiros e seguranças particulares, são as principais vítimas de esgotamento profissional, segundo a associação. Em segundo lugar, aparecem os motoristas de ônibus urbanos, pelo caráter repetitivo do trabalho, a pressão do tempo e o trânsito. Em terceiro, bancários e controladores de vôo, seguidos por executivos, profissionais de saúde e funcionários de call centers, nessa ordem. Por último, há uma categoria ampla: gente que é obrigada a trabalhar fora de sua área de atuação.
O QUE ESTRESSA HOMENS E MULHERES (FONTE: ISMA-BR)
HOMENS MULHERES
1º) Incerteza 1º) Sobrecarga de trabalho
2º) Estresse interpessoal 2º) Incerteza
3º) Falta de controle 3º) Falta de controle
4º) Sobrecarga de trabalho 4º) Incapacidade de administrar o tempo
5º) Incapacidade de administrar o tempo 5º) Estresse interpessoal
Homens e mulheres
O estresse e o "burnout" não escolhem sexo, embora as mulheres sejam mais propensas a procurar ajuda antes, como explica Rossi. Segundo um estudo realizado com 900 profissionais (metade de cada sexo) e apresentado no congresso, as fontes de esgotamento físico e mental no trabalho são as mesmas para eles e elas, só ocupam posições diferentes.
Entre os homens, a incerteza em relação ao futuro é o aspecto mais difícil de se lidar. Já para as mulheres, é a sobrecarga de trabalho a principal causa de estresse, já que, muitas vezes, elas acumulam ainda as tarefas de mãe e donas-de-casa. A dificuldade em lidar com outras pessoas já tem um impacto menor para as mulheres, enquanto que, para os homens, é o segundo principal fator de desgaste. A falta de controle sobre a carga de trabalho é o único item que tem o mesmo peso para ambos os sexos.
Saídas
Para vencer o "burnout", a saída é buscar ajuda de um terapeuta e encontrar novas estratégias para lidar o excesso de demandas, já que nem sempre é possível trocar de emprego.
Para outro palestrante do congresso, o professor de saúde pública Brian Oldenburg, da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália, as empresas podem e devem participar do processo. Segundo ele, 60% das pessoas que sofrem de ansiedade ou depressão continuam trabalhando, por medo de perder o emprego. "Se o problema fosse detectado a tempo, todos sairiam ganhando", diz.
Para ele, a prevenção do estresse e do "burnout" envolve uma mudança profunda nos ambientes de trabalho, com iniciativas que vão muito além dos programas antiestresse. "Não adianta abrir uma academia ou uma 'sala de descompressão' na empresa, se não houver abordagem individual e adaptada à cultura de cada organização", defende.
O "burnout" pode se manifestar de formas variadas, mas alguns dos sintomas abaixo, em conjunto, podem ser indício da síndrome:
- desinteresse e apatia crônicos;
- sintomas gerais de estresse, como fadiga física e mental, dores de cabeça, problemas gástricos e mal-estar;
- perda do rendimento no trabalho;
- irritabilidade;
- falta de concentração;
- baixa auto-estima;
- despersonalização;
- falta de perspectivas em relação ao futuro;
- sensação de que a gratificação no trabalho não condiz com os esforços realizados;
- abuso de álcool, drogas, tabaco ou cafeína;
- cinismo e impaciência com os outros.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Empregabilidade
Não basta só ter um diploma de curso superior e especialização, o profissional moderno e atual busca constante renovação de conhecimento e informação, ele se conhece emocionalmente, tem coragem de aprofundar em suas reais dificuldades, busca ajuda, busca equilíbrio.
Empregabilidade significa em termos simples, gerar a possibilidade de trabalho, ou seja, criar condições para si próprio de empregar-se e ganhar.
Para Minarelli (1995), os seis pilares que sustentam a empregabilidade são: a adequação vocacional, competência profissional, idoneidade, saúde física e mental, reserva financeira e fontes alternativas de relacionamentos. Com o desenvolvimento dessas competências a pessoa se sente mais segura, mais confiante, rendendo melhor condições de uma vida profissional com qualidade.
Rosângela Casseano é Psicóloga, Hipnoterapeuta, Master em PNL e Personal Coach
www.sucessoecarreira.com.br
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Plano de Carreira
Autor: Rosângela Casseano
Inevitavelmente no mês de dezembro, paramos para refletir nos resultados deste ano e criar metas para o futuro, planejar a carreira, se propor a novos desafios é o que pode mudar a sua vida em 2012.
O planejamento da sua carreira é missão sua, não cabe somente as empresas ter essa responsabilidade, somos nós quem devemos criar, conduzir e gerar resultados em prol de nossa realização pessoal e profissional.
Mas como fazer um plano de carreira?
Em resumo segue 10 dicas para você iniciar seu modelo de plano de carreira:
1º. Auto-conhecimento, procure um amigo, um mentor, um professor peça um feedback sobre você, seja ouvinte, agradeça anote tudo e depois reflita.
2º. Quais são seus objetivos profissionais, quais são seus sonhos, a esta altura da vida onde gostaria de estar e fazendo o que profissionalmente?
3º. Pense na sua formação escolar, o que estudou, cursos de especialização, o que precisaria complementar?
4º. Pense em toda a sua trajetória profissional, empresas que passou, chefes que teve, seja sincero com você mesmo o que gostou e o que não gostou e por que? Anote tudo.
5º. Pare e pense em quais ações, comportamentos que nunca deveria ter tomado, o que aprendeu, anote.
6º. Avalie seus mecanismos de comunicação, liderança, organização, disciplina, polidez, entre outros, o que precisa ser melhorado?
7º. Sobre sua situação profissional atual, o que mais lhe agrada e o que menos lhe agrada, faça uma lista de vantagens e desvantagens de se manter onde está.
8º. Proponha algumas mudanças na sua vida profissional, mudar de emprego? Mudar de cidade? Mudar de área? Como isso influenciaria todas as pessoas ao seu redor? Esposa, filhos, amigos, sociedade...
9º. Elabore os passos para chegar onde deseja, elabore um plano de tempo para cada passo, um passo de cada vez.
10º. Releia tudo novamente, não tenha pressa em dar o primeiro passo e lembre-se que seu plano de carreira o acompanhará a vida toda, ele deve sempre ser relido e validado por você.
Rosângela Casseano é Psicóloga, Hipnoterapeuta, Master em PNL e Personal Coach
www.sucessoecarreira.com.br
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
6 dicas para ser feliz no trabalho.
Especialistas apontam os principais itens para você alcançar a felicidade no ambiente organizacional.
Por Rômulo Martins
Dá para ser feliz no trabalho? Com certeza, devolvem especialistas em carreira e recursos humanos. Mas para trabalhar motivado, é necessário que o dia-a-dia profissional seja parte dos seus sonhos. “O conceito de relegar o trabalho ao segundo plano precisa mudar”, diz Edson Félix, consultor de carreiras.
Especialistas afirmam que a felicidade no trabalho depende ainda de uma série de fatores complementares. E ressaltam: por mais paixão que você tenha pelo seu trabalho não é possível ser feliz o tempo todo.
“Tem sempre aquele relatório que você não gostaria de fazer ou um feedback não aguardado. A felicidade está em encarar essas situações com maturidade”, aponta Cíntia Bortotto, especialista em recursos humanos pela Fundação Getúlio Vargas.
Com o intuito de ajudar você a construir uma rotina de trabalho feliz e harmoniosa, o Empregos.com.br elencou seis pontos fundamentais.
1. Escolha um trabalho apaixonante
Segundo Edson Félix, para ser feliz no trabalho é preciso gostar do que faz. Contudo a satisfação plena, ressalta o consultor, requer um caminho a ser trilhado. “Hoje você pode estar em uma posição não almejada. Se for o caso, encare como uma alavanca para realizar o seu sonho.”
Cíntia Bortotto afirma que o profissional deve ainda descobrir qual é a sua fonte de motivação. “Algumas pessoas gostam de trabalhar com autonomia.
Uma dica é atuar em áreas em que poderá ser responsável por projetos, por exemplo. Outras preferem desafios, conhecer coisas novas. Detectamos esta vontade principalmente em jovens em início de carreira.”
2. Defina objetivos
O consultor Edson Félix diz que o profissional feliz planeja a sua carreira. Segundo ele, é importante definir onde você está, aonde quer chegar e qual trajeto será percorrido para atingir os objetivos. “Assim como uma empresa quando vai lançar um produto novo no mercado deve ter um planejamento para reduzir riscos, o profissional também deve traçar um plano.”
3. Tenha foco em resultados
Ainda de acordo com Edson Félix, para ser reconhecido o profissional precisa apresentar resultados. O consultor destaca que quando o fluxo de trabalho funciona, o indivíduo obtém resultados positivos e consequentemente é reconhecido. “É preciso sentir parte de uma equipe. O real reconhecimento faz o profissional terminar o dia de trabalho feliz. É a hora em que ele diz: ‘deu certo’.”
4. Saiba lidar com conflitos
“Duas pessoas no mesmo ambiente já é o suficiente para o surgimento de conflitos”, observa Jonas Tokarski, coach da Ricardo Xavier Recursos Humanos, para quem a felicidade no trabalho depende de um bom clima organizacional, salário condizente com a posição, perspectivas de crescimento dentro da empresa, dentre outros fatores.
No entanto, ele afirma que os atritos não podem interferir nos resultados. Para isso, é preciso gerenciar conflitos no trabalho. “Se for algo pequeno e localizado, converse com o seu par”, recomenda Tokarski.
A consultora Cíntia Bortotto reforça que um ambiente de trabalho cooperativo certamente contribui para a felicidade. “É preciso construir relações sólidas e transparentes. O diálogo e o feedback retroalimentam as relações.”
5. Invista em sua carreira
A satisfação no trabalho está ligada ainda ao preparo do profissional para assumir a sua posição na empresa. Conforme o consultor Edson Félix, uma pessoa atualizada, que faz cursos e participa de palestras periodicamente e mantém o networking fortalecido provavelmente terá uma carreira mais motivada.
“Leitura também é fundamental. Com a gama de informações que temos à disposição, o profissional corre o risco de ficar desatualizado em pouco tempo.”
6. Adote uma postura otimista
Para o coach Jonas Tokarski, o profissional precisa alimentar a mente com ideias positivas desde a hora em que levanta da cama. “Pense em fazer melhor que ontem, construa bons relacionamentos, resolva os problemas de imediato, tenha ambições dentro da empresa”, recomenda.
Por Rômulo Martins
Dá para ser feliz no trabalho? Com certeza, devolvem especialistas em carreira e recursos humanos. Mas para trabalhar motivado, é necessário que o dia-a-dia profissional seja parte dos seus sonhos. “O conceito de relegar o trabalho ao segundo plano precisa mudar”, diz Edson Félix, consultor de carreiras.
Especialistas afirmam que a felicidade no trabalho depende ainda de uma série de fatores complementares. E ressaltam: por mais paixão que você tenha pelo seu trabalho não é possível ser feliz o tempo todo.
“Tem sempre aquele relatório que você não gostaria de fazer ou um feedback não aguardado. A felicidade está em encarar essas situações com maturidade”, aponta Cíntia Bortotto, especialista em recursos humanos pela Fundação Getúlio Vargas.
Com o intuito de ajudar você a construir uma rotina de trabalho feliz e harmoniosa, o Empregos.com.br elencou seis pontos fundamentais.
1. Escolha um trabalho apaixonante
Segundo Edson Félix, para ser feliz no trabalho é preciso gostar do que faz. Contudo a satisfação plena, ressalta o consultor, requer um caminho a ser trilhado. “Hoje você pode estar em uma posição não almejada. Se for o caso, encare como uma alavanca para realizar o seu sonho.”
Cíntia Bortotto afirma que o profissional deve ainda descobrir qual é a sua fonte de motivação. “Algumas pessoas gostam de trabalhar com autonomia.
Uma dica é atuar em áreas em que poderá ser responsável por projetos, por exemplo. Outras preferem desafios, conhecer coisas novas. Detectamos esta vontade principalmente em jovens em início de carreira.”
2. Defina objetivos
O consultor Edson Félix diz que o profissional feliz planeja a sua carreira. Segundo ele, é importante definir onde você está, aonde quer chegar e qual trajeto será percorrido para atingir os objetivos. “Assim como uma empresa quando vai lançar um produto novo no mercado deve ter um planejamento para reduzir riscos, o profissional também deve traçar um plano.”
3. Tenha foco em resultados
Ainda de acordo com Edson Félix, para ser reconhecido o profissional precisa apresentar resultados. O consultor destaca que quando o fluxo de trabalho funciona, o indivíduo obtém resultados positivos e consequentemente é reconhecido. “É preciso sentir parte de uma equipe. O real reconhecimento faz o profissional terminar o dia de trabalho feliz. É a hora em que ele diz: ‘deu certo’.”
4. Saiba lidar com conflitos
“Duas pessoas no mesmo ambiente já é o suficiente para o surgimento de conflitos”, observa Jonas Tokarski, coach da Ricardo Xavier Recursos Humanos, para quem a felicidade no trabalho depende de um bom clima organizacional, salário condizente com a posição, perspectivas de crescimento dentro da empresa, dentre outros fatores.
No entanto, ele afirma que os atritos não podem interferir nos resultados. Para isso, é preciso gerenciar conflitos no trabalho. “Se for algo pequeno e localizado, converse com o seu par”, recomenda Tokarski.
A consultora Cíntia Bortotto reforça que um ambiente de trabalho cooperativo certamente contribui para a felicidade. “É preciso construir relações sólidas e transparentes. O diálogo e o feedback retroalimentam as relações.”
5. Invista em sua carreira
A satisfação no trabalho está ligada ainda ao preparo do profissional para assumir a sua posição na empresa. Conforme o consultor Edson Félix, uma pessoa atualizada, que faz cursos e participa de palestras periodicamente e mantém o networking fortalecido provavelmente terá uma carreira mais motivada.
“Leitura também é fundamental. Com a gama de informações que temos à disposição, o profissional corre o risco de ficar desatualizado em pouco tempo.”
6. Adote uma postura otimista
Para o coach Jonas Tokarski, o profissional precisa alimentar a mente com ideias positivas desde a hora em que levanta da cama. “Pense em fazer melhor que ontem, construa bons relacionamentos, resolva os problemas de imediato, tenha ambições dentro da empresa”, recomenda.
Segundo a consultora Cíntia Bortotto, a visão otimista e o alinhamento das crenças e valores do profissional com os da organização também trazem mais felicidade. “Quanto mais alinhados, mais feliz será o indivíduo.”
Leia também:
6 recomendações para evitar o estresse no trabalho
12 dicas para ter uma postura profissional adequada
Saiba como reagir a críticas no trabalho
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domingo, 20 de novembro de 2011
Não existe felicidade sem gratidão.
Aprenda a dar graças. A gratidão leva as pessoas a agir de forma virtuosa ou mais altruísta.
Equipe Planeta
Equipe Planeta
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Ao estudar a felicidade, muitos pesquisadores têm deparado com um elemento que gradualmente vai passando do segundo plano para um lugar de destaque nessa área: a gratidão, aquela emoção de agradecimento e alegria que surge no recebimento de um presente ou de um auxílio. Velha conhecida de religiões e filosofias, que há muito tempo a consideram uma manifestação fundamental da virtude e um componente básico da saúde, da integridade e do bem-estar, ela vem despertando um interesse científico cada vez maior, endossado por estudos que apontam para uma relação sólida entre ser grato e sentir-se melhor.
“A gratidão é o ‘fator esquecido’ na pesquisa da felicidade”, avalia Robert Emmons, professor de psicologia da Universidade da Califórnia, Davis, e um dos maiores expoentes no estudo desse tema. A opinião é endossada por Todd Kashdan, professor adjunto de psicologia da George Mason University (Estados Unidos) e um dos pioneiros da “ciência da felicidade”. Ele declarou que, se tivesse de nomear três elementos essenciais para criar felicidade e dar sentido à vida, estes seriam relacionamentos significativos, gratidão e viver no momento presente com uma atitude de abertura e curiosidade.
“Você não pode ser deprimido e grato ao mesmo tempo”, afirma a psicóloga novaiorquina Brenda Shoshanna, autora do livro 365 ways to give thanks: One for every day of the tear (365 maneiras de dar graças: Um para cada dia do ano). “(A gratidão) faz uma pessoa mais saudável, fisicamente, mentalmente, em todos os sentidos.”
Em um dos estudos recentes sobre a gratidão, financiado pela National Science Foundation dos Estados Unidos, o psicólogo David DeSteno, da Northeastern University, orientava cada participante a concluir uma difícil tarefa de entrada de dados, “perdidos” logo depois supostamente por mau funcionamento do computador.
Dispensada, a pessoa deparava em seguida com um assistente de laboratório, a quem poderia pedir auxílio a fim de restaurar as informações perdidas – embora ele aparentemente desconhecesse o trabalho proposto pelo psicólogo e alegasse estar com pressa para realizar sua própria experiência. DeSteno descobriu que aqueles que haviam sido ajudados pelo assistente e estavam gratos por isso tinham maior propensão a retribuir um favor do que os integrantes de um grupo que não havia sido auxiliado.
“A gratidão leva as pessoas a agir de forma virtuosa ou mais altruísta”, afirmou DeSteno, cuja pesquisa foi publicada em 2009 na revista Current Directions in Psychological Science. “E constrói o apoio social, o qual sabemos que está ligado ao bem-estar físico e psicológico.”
Autor de vários livros e monografias relativos ao tema, Robert Emmons tem participado de estudos nessa área que estão ajudando a compor um retrato detalhado das pessoas que manifestam gratidão. Segundo Emmons, elas exibem níveis mais altos de emoções positivas, satisfação com a vida, vitalidade e otimismo. Dormem mais, fazem mais exercícios e sua pressão arterial e seus níveis de depressão e estresse são mais baixos. Demonstram ser simpáticas e conseguem ver as coisas pelos olhos dos outros.
Não negam ou ignoram os aspectos negativos da vida, mas aparentemente ampliam os estados associados a sentimentos agradáveis. Em suas redes sociais, elas são consideradas mais generosas e prestativas. As crianças que praticam a gratidão apresentam mais atitudes positivas em relação à família e à escola.
Um dos objetos de estudo de Emmons foram pessoas que escreveram diários nos quais agradeciam semanalmente as benesses que haviam recebido. Esses indivíduos fizeram exercícios físicos com mais regularidade, reportaram um número menor de problemas de saúde, avaliaram melhor sua vida como um todo e demonstraram mais otimismo do que os participantes do grupo de controle, que registraram aborrecimentos ou eventos neutros no diário. Os que manifestaram gratidão também apresentaram progressos significativos em termos de objetivos pessoais (acadêmicos, interpessoais e de saúde) na comparação com os demais.
Outras influências sobre a saúde física e psíquica ficaram perceptíveis numa pesquisa com adultos portadores de doença neuromuscular. Os que fizeram um exercício diário de gratidão durante 21 dias exibiram doses bem mais altas de bom humor, otimismo e de sensação de estar ligado aos outros, além de melhoras na duração e na qualidade do sono.
Numa experiência na qual adultos jovens faziam exercícios diários de gratidão, os pesquisadores notaram um aumento nos níveis de vivacidade, entusiasmo, determinação, atenção e energia na comparação com os grupos de concontrole. As pessoas que manifestaram gratidão também eram mais propensas a informar que haviam ajudado ou dado apoio emocional a alguém.
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De um ângulo mais espiritual, segundo Emmons, a gratidão independe de crenças religiosas, mas a fé amplia a capacidade de manifestála. As pessoas gratas têm uma tendência maior a crer na interconexão de todas as formas de vida, a firmar um compromisso com os outros e ser responsável por eles.
Quem manifesta gratidão dá menos importância a bens materiais, é menos invejoso e tende a partilhar mais suas posses com os outros.
Tudo isso não surge, porém, a partir de episódios esparsos de gratidão, alerta Sonja Lyubomirsky, professora de psicologia na Universidade da Califórnia, Riverside. Para colher os frutos dessa emoção, afirma ela, é necessário exercitá-la constantemente. “Se você não fizer isso regularmente, não obterá os benefícios”, explica. “É como se você fosse para a academia de ginástica uma vez por ano.
O que ganharia com isso?”
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Você sabe a diferença entre profissional junior, pleno e sênior?
Especialistas explicam que a classificação varia de empresa para empresa e é feita com base nos conhecimentos e experiências.
“Contrata-se Vendedor Junior”. “Vagas para Analista de Marketing Pleno”. “Procura-se Consultor de Carreira Sênior”. Não raro essas expressões acompanham os anúncios de emprego nos jornais, na internet ou nas consultorias de recursos humanos. Muitas vezes aparecem encurtadas - JR, PL, SR. Afinal, o que elas significam? Você sabe em qual sigla se enquadra?
Segundo especialistas, as nomenclaturas têm a ver com a formação (ou competências), tipo e tempo de experiência profissional. “Quem está no início da carreira assume funções básicas. É enquadrado, portanto, no nível junior”, explica Melissa Campos, da MCampos Consultoria.
O coach Homero Reis, presidente da Homero Reis e Consultores, afirma que o nível profissional está atrelado às responsabilidades que o indivíduo tem ao assumir um cargo. “Antes essa definição era feita com base no conhecimento e tempo de experiência. Hoje a habilidade relacional ou comportamental é tão importante quanto os outros requisitos.”
Segundo a consultora Melissa Campos, o profissional pleno possui nível de maturidade para tomar algumas decisões, desde que endossadas por um superior. Já o sênior tem autonomia suficiente para responder por um projeto ou negócio.
Melissa explica a ligação entre formação e nível profissional. “Digamos que o junior precisa de uma graduação, o pleno de uma especialização e o sênior de duas ou mais especializações e fluência em um idioma estrangeiro.”
Vale lembrar que os níveis junior, pleno e sênior impactam diretamente na remuneração do profissional.
Não se prenda aos nomes
De acordo com os consultores de carreira, os profissionais não devem se prender a essas nomenclaturas. “O que é junior para uma empresa pode não ser para outra”, aponta Melissa. A especialista ressalta que a classificação vai depender do porte e da cultura empresariais. “Atenha-se ao que a empresa pede.”
O consultor Homero Reis concorda. “Não há um padrão para esse tipo de classificação no universo corporativo. A nomenclatura vale muito mais para descrever as competências, ou seja, as atitudes e habilidades que o profissional possui. Isto tem muito mais visibilidade no currículo do que uma designação.”
Segundo o consultor, o profissional só deve mencionar o nível no currículo se puder comprovar. “Se o indivíduo é filiado a um instituto que o credencia como profissional master, por exemplo, tudo bem.
Agora, se ele não tem como comprovar o título, é melhor não citar.”
Entenda a diferença entre os níveis*
*fontes: Homero Reis (Homero Reis e Consultores) e Melissa Campos (MCampos Consultoria).
Leia também:
Por Rômulo Martins
Fonte: Empregos.com.br
Segundo especialistas, as nomenclaturas têm a ver com a formação (ou competências), tipo e tempo de experiência profissional. “Quem está no início da carreira assume funções básicas. É enquadrado, portanto, no nível junior”, explica Melissa Campos, da MCampos Consultoria.
O coach Homero Reis, presidente da Homero Reis e Consultores, afirma que o nível profissional está atrelado às responsabilidades que o indivíduo tem ao assumir um cargo. “Antes essa definição era feita com base no conhecimento e tempo de experiência. Hoje a habilidade relacional ou comportamental é tão importante quanto os outros requisitos.”
Segundo a consultora Melissa Campos, o profissional pleno possui nível de maturidade para tomar algumas decisões, desde que endossadas por um superior. Já o sênior tem autonomia suficiente para responder por um projeto ou negócio.
Melissa explica a ligação entre formação e nível profissional. “Digamos que o junior precisa de uma graduação, o pleno de uma especialização e o sênior de duas ou mais especializações e fluência em um idioma estrangeiro.”
Vale lembrar que os níveis junior, pleno e sênior impactam diretamente na remuneração do profissional.
Não se prenda aos nomes
De acordo com os consultores de carreira, os profissionais não devem se prender a essas nomenclaturas. “O que é junior para uma empresa pode não ser para outra”, aponta Melissa. A especialista ressalta que a classificação vai depender do porte e da cultura empresariais. “Atenha-se ao que a empresa pede.”
O consultor Homero Reis concorda. “Não há um padrão para esse tipo de classificação no universo corporativo. A nomenclatura vale muito mais para descrever as competências, ou seja, as atitudes e habilidades que o profissional possui. Isto tem muito mais visibilidade no currículo do que uma designação.”
Segundo o consultor, o profissional só deve mencionar o nível no currículo se puder comprovar. “Se o indivíduo é filiado a um instituto que o credencia como profissional master, por exemplo, tudo bem.
Agora, se ele não tem como comprovar o título, é melhor não citar.”
Entenda a diferença entre os níveis*
Nível | Tempo de experiência | Formação | Responsabilidades |
Trainee | 2 a 2 anos e meio | Recém-graduado | Tarefas de pequena ou média complexidade em área(s) específica(s). Elabora projetos (sob supervisão) |
Junior (JR) | até 5 anos | Recém-graduado | Funções de procedimentos simples ou que não exigem profundo conhecimento em um ramo de atuação |
Pleno (PL) | 6 a 9 anos | Pós-graduado | Atividades específicas, que exigem profundo conhecimento. Toma decisões endossadas por um superior. |
Sênior (SR) | a partir de 10 anos | Pós-graduado + Gestor | Toma decisões. Age de forma autônoma, com base no conhecimento e experiências adquiridos ao longo da carreira. Gere pessoas e projetos. |
Master | 15 anos ou mais | Pós-graduado + Gestor + Certificações | Atua fora do processo de supervisão ou por demandas. Gere projetos / negócios. Possui autonomia plena. |
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terça-feira, 8 de novembro de 2011
Você já agradeceu hoje?
O bom humor no dia a dia torna qualquer ambiente mais produtivo e menos estressante, as gentilezas, o sorriso, o coleguismo sem dúvida nenhuma são ingredientes essenciais ao bem estar de todos aumentando muito a satisfação pessoal e profissional.
Despertar gratidão ao outro através do simples ato de agradecer pode fazer verdadeiros milagres nas relações pessoais, gratidão gera gratidão! Mal humor...
É preciso coragem para perceber que o outro dificilmente vai mudar, se estamos insatisfeitos com um colega de trabalho, vale uma reflexão do que realmente essa pessoa possa ter em sua personalidade que está refletindo em nós, podemos nos surpreender ao perceber que muitas vezes o outro está apenas reagindo a um comportamento meu!
Se quisermos um bom clima organizacional, não podemos esperar que venha uma ordem de cima para todos serem mais amistosos e corteses é preciso uma decisão e uma ação, começando com um simples: “muito obrigado”.
www.sucessoecarreira.com.br
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